A 2ª edição da Rota de Lafões distinguiu-se não como uma competição convencional de BTT, mas como uma celebração do espírito do ciclismo.

Ser reconduzido ao papel de padrinho pelo segundo ano foi uma honra. A prova deste ano excedeu expectativas, reunindo mais de 650 entusiastas que pedalaram através dos desafios e encantos do Município Oliveira de Frades.

A classificação tornou-se secundária diante da tapeçaria tecida com fios de imprevisibilidade e camaradagem. A "verdadeira" vitória residiu na minha jornada pessoal, nas histórias compartilhadas, vivenciadas com intensidade e emoções.

Na véspera do evento, o acolhedor B&B Pensão Avenida, situado bem no coração de Oliveira de Frades, abriu-nos as portas com uma hospitalidade que refletiu o brilho da organização, na pessoa do amigo Sergio Branquinho, um amigo, desde o ‘check-in’ até cruzarmos a linha de chegada e de rumo a casa.

Cada participante foi acolhido não apenas como um atleta, mas como um membro valorizado da família BTT.

A grandiosidade do evento começa a transbordar as fronteiras da Avenida que testemunhou a partida vibrante desta 2.ª edição Rota dos Lafões. Localizada no pulsante coração de Oliveira de Frades e com vistas para o Novo Parque Urbano, esta área promete ser palco de muitos outros encontros e partidas memoráveis.

Momentos de tensão

Um toque inesperado, uma queda, um pneu resistente, foram também um teste ao espírito e capacidade de resiliência. As dores e arranhões são emblemas que narram aventuras mais eloquentes do que qualquer medalha poderia expressar.

A prova corria bem até que um toque "acidental" no guiador por parte de um colega me levou ao chão. O BTT tem destas surpresas e momentos inesperados que nos desafiam.

Além da queda, o pneu traseiro perdeu pressão, mais um teste ao que é ter umas boas mousse a equipar os pneus Maxxis Rekon da Scott Spark, ajudou-me a conseguir chegar ao meu abastecimento pessoal para ajustar a pressão. As dores nas costas dificultava pedalar em pé devido à queda, o que me fez perder muito tempo.

Mesmo assim, o percurso manteve-se divertido e desafiante, repleto de Single Tracks e as típicas calçadas portuguesas. A subida após a queda é que foi particularmente árdua, superável, mas com esforço redobrado.

Os hematomas e os arranhões já são meros detalhes quando comparados com o sentimento de realização. E claro, as iguarias locais oferecidas no final vão ser o melhor remédio para recuperar, melhores do que qualquer pomada! lol

A organização da Rota de Lafões mostrou-se exemplar em cada detalhe. A segurança foi impecável, a sinalização clara e a assistência sempre presente. Eles não apenas organizaram um evento, eles cultivaram uma experiência.

Ao longo do percurso, passamos por quintas regionais e monumentos históricos. Cada quilómetro revelou novas descobertas, trilhos gravou novas memórias. A serena Ecopista do Dão adicionou à prova beleza e histórias...

O almoço no final aguardavam-nos, não apenas como recompensa, mas como um lembrete das raízes desta terra após a aventura.

A Rota de Lafões foi mais do que procuro, o mais do que só competição, testemunhos da capacidade de superar e da vontade inabalável de pedalar, independentemente dos resultados "enganosos". É o encontrar a verdadeira essência do BTT, depois o resto é o que tiver de ser, como sempre.

Podendo voltar lá estaremos para a 3.ª edição Rota de Lafões!

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