Os que acabaram por não alinhar ficaram sem história como esta para contar… Pois esta aventura vai perdurar na memória dos mais de 800 participantes por muitos e bons largos anos.
A Ponte azul, ainda se lembram de passar nela? Até gostava de saber quem foi o engenheiro? Com o caudal de água que passava ainda lá se mantém?
Quedas da Fervença-Valinhas, Monte Córdova (Santo Tirso) é o nome do local.
O município de Santo Tirso bem que pode agradecer a obra que possivelmente lá vão deixar. Só engrandece a bonita zona, fazer diferente acho que é só… o ideal é preservar e fazer os reparos de manutenção com o passar do tempo.
Tiro também o chapéu à organização pela qualidade organizativa, perante as condições climáticas que ali se viveu, não era fácil qualquer uma saber resolver e terem estado à altura das dificuldades.
O percurso foi exigente, teve de tudo, puro BTT de Outono adorei o percurso, para mim o melhor até hoje de todas as edições em que participei.
E participei em todas as edições desde que nasceu o Raid BTT da Trofa. Vi ali muito trabalho, dedicação, amor e sacrifício no que fizeram. O que fizeram em prol da modalilade e de nós atletas só temos de agadecer. Pessoalmente, MUITO OBRIGADO!
Mais o que ainda deixaram ficar para quem no futuro queira lá voltar para desfrutar de uns belos trilhos, percurso de puro BTT.
Voltando ao início, logo à partida tinha bem patente o Slogan do evento, "Não precisas de ir Rápido, Tens apenas de ir! E foi o que fiz, até porque fisicamente não sabia como estava e como iriam reagir as pernas a todas as adversidades que já se previa, pelo acumulado e pelas condições climáticas. Deixei-me ir e correu tudo bem sem ir ao limite e ao choque.
Sim, a chuva foi de tal forma que a dada altura pensei para mim!
Isto não pode ser! Onde é que está o tipo com a mangueira de água virada a mim?
É de salutar o nível da qualidade das marcações, quantidade de pessoas da organização, forças de segurança ao longo do percurso e as sinalizações das zonas de perigo bem identificadas. Bem aja. Não se vê este nível organizativo em qualquer lado. E onde é que eu já não estive?
Algumas subidas eram bastante exigentes, descidas também, não era para todos é um facto, mas fazia-se, lembro-me de só uma subida que tive de desmontar da bike, porque um colega que seguia à minha frente abrandou, tive que colocar o pé no chão, não hesitei e carreguei a SCOTT SPARK às costas pela subida acima e sei que sem exagerar ganhei 6 metros de distância à concorrência…
Para quem nos Alpes suíços, obrigatoriamente, todos tiveram de carregar, a Bike, subida acima durante 2 quilómetros, isto era para meninos.
No final, para ser ainda melhor, ainda tive direito à cereja, o que só veio abrilhantar a minha participação, mas o que me deixa e dá-me vontade de sorrir é a quantidade de água que levei pela cabeça abaixo, só de doidos e malucos. Mas saí satisfeito porque isso é o que vai perdurar na minha memória por muito e bons largos anos ou para sempre mesmo.
Até para os fotógrafos e o fantástico Speaker Emanuel Pinho Gomes foi difícil, mas os bons nunca faltam.
Obrigado e obrigado pelas fotos,
Eduardo Campos by Eduardo Campos JoseCoutinho José Cunha.