Muitas vezes, ao tentar-nos melhorar o nosso desempenho em treinos e provas, começamos a exageram no volume de treinos e/ou provas, sem dar-nos importância ao descanso necessário e à alimentação adequada.
Os sintomas podem começar por dores musculares, problemas nas articulações, insónias, agressividade, perda de rendimento, etc.
Nem sempre é fácil interpretar os sintomas que os teus sistemas imunológico e psicológico começam a manifestar. É um problema controlar quando vivemos de obsessão por resultados, cabeça perdida etc...
A primeira vez que ouvi este palavrão já andava nas bikes há uns bons 5 anos... Acontece que faz por agora +/- 4 anos que padeci disso mesmo. Chegava às provas completamente esgotado pois durante a semana o que eu queria e fazia era carregar nos pedais até ao limite. Fases da vida complicada...
Tinha noção, na altura que estava a fazer asneiras no meu rendimento desportivo, mas era o que menos me preocupava. O tempo que passava em cima da bike ajudava-me... Mas isso já é passado!
Fica atento a estes sintomas: perda de condição física com perda de força e resistência, fadiga, dores musculares constantes e persistentes, insônia ou perda da qualidade do sono, lesões agudas e crônicas sem causa aparente, sistema hormonal desequilibrado, mudança de humor e irritabilidade, diminuição do rendimento, aumento significativo da frequência cardíaca em repouso (este é um sinal bem típico) e queda da resistência imunológica por exemplo com estados gripais e constipações constantes.
Para prevenirmos, precisamos de conhecer cada vez mais nosso corpo, identificar sensações como preguiça, cansaço, exaustão para saber avaliar melhor, o nosso rendimento no treino.
A teoria diz que as reservas energéticas gastas durante o processo de contração muscular são repostas apenas no período de recuperação, ou seja, de descanso. O nosso organismo não teve tempo suficiente para reparar os microtraumas nos músculos provocados pelo exercício ou provas consecutivas. Quando não damos o devido descanso entre cargas, os problemas podem surgir e interferir em várias coisas que afetam a nossa qualidade de vida.
Para evitar o overtraining, é essencial obedecer a um plano de treino, se já estiveres em cima do problema só com ajuda de profissionais, nutricionista, treinador... a mim foi a acupuntura.
Quando entramos em Overtraining somos até capazes de sair para treinar e voltar. Não somos é capazes de sair para treinar forte e ”voltar” pois o nosso corpo reclama no final da parte inicial do treino. Por vezes, nem conseguimos começar a treinar sem reclamar das dores iniciais no aquecimento.
O melhor meio, portanto, de se evitar o Overtraining é não permitir que ele apareça.
Todos temos os nossos limites e há que aceitar é importante descansar bem entre uma carga de atividade física e a seguinte.
Uma alimentação equilibrada é fundamental, antes e durante o treino/prova e após (recuperação). Dietas restritivas, desequilibradas e com baixa ingestão de carboidratos agravam o Overtraining.
Se estás em Overtraining tens, obrigatoriamente, de fazer uma redução drástica dos treinos ou em casos mais graves interromperes mesmo a atividade física e as competições até estares completamente recuperado.
Já tinhas ouvido isto?